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Fórum sobre educação superior indígena de Pernambuco

Atualizado: 16 de nov. de 2021

Para garantir o curso superior para formar os professores e professoras indígenas de nossas comunidades articulamos as instituições interessadas nesse processo. Assim, assim, nos dias 02 e 03 de outubro de 2006, ocorreu na cidade de Recife/PE.


Relatório

O Fórum sobre a Educação Superior Indígena, organizado pela ESEF/UPE, no contexto da VI Semana Universitária da UPE. Estiveram presentes no evento as seguintes instituições:

  • CCLF — Centro de Cultura Luiz Freire

  • COPIPE — Comissão de Professores Indígenas de Pernambuco

  • FUNAI — Fundação Nacional do Índio

  • SEDUC — Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco

  • UFPE — Universidade Federal de Pernambuco

  • UFRPE — Universidade Federal Rural de Pernambuco

  • UPE — Universidade de Pernambuco

  • Além de estudantes e interessantes na temática.


Durante o evento, foram discutidas as seguintes questões: (a) as demandas das diversas etnias pela educação superior específica no Estado de Pernambuco, a partir da fala da representante da COPIPE; (b) as políticas de educação superior indígena no Brasil, suscitados pela participação do representante da Coordenação de Apoio às Escolas Indígenas (SECAD/MEC) — Eduardo Barnes — e (c) as experiências em curso de formação intercultural de professores indígenas apresentadas pela UFMG — Prof.ª Maria Inês de Almeida e UFRR (esta última realizada pelo representante do MEC, devido à ausência justificada do representante da UFRR). Diante dos debates e considerando:

  1. A necessidade do Sistema Estadual de Educação regulamentar a carreira de professor indígena;

  2. A existência de aproximadamente 450 professores indígenas que não passaram por formação específica;

  3. A necessidade de criação de escolas de 5ª a 8ª série e Ensino Médio para atender à demanda da população indígena do Estado;


O Fórum:

  • ratifica a urgência da criação de um programa de formação intercultural para que o ensino básico possa ser efetivamente assumido pelos professores indígenas;

  • delibera que o curso de licenciatura para professores indígenas funcionará na UFPE/ Caruaru, devido à existência de um núcleo de Formação de Professores e oferecer as condições institucionais e administrativas necessárias para a implementação do curso;

  • definiu as contrapartidas das instituições presentes para implementação e implantação do curso, ficando assim acordado:

    • UPE, UFPE, UNICAP e UFPE – Profissionais (técnicos e docentes) qualificados para ações de ensino, pesquisa e extensão;

    • SEDUC — Liberação dos professores; transporte, alimentação e hospedagem dos professores indígenas; equipe técnica e material;

    • FUNAI – Bolsas de estudos, em complementação ao disponibilizado pela SEDUC;

    • COPIPE — Aluno(a)s; coordenação do acompanhamento; assessoria e articulação interna (dentro de cada etnia) e externa (com os demais parceiros envolvidos);

    • MEC — Recursos financeiros para viabilização do curso através do PROLIND;

    • FUNASA — Assistência médica.


  • Instituiu uma comissão que tem como responsabilidade a elaboração da proposta pedagógica do curso de Formação Intercultural para Professores Indígenas, que se reunirá nos dias 10 e 11 de outubro na sala da PROACAD — Pró-Reitoria Acadêmica/UFPE das 9 às 17 horas, que ficou assim constituída: Nélio Melo/UFPE; Renato Athias/UFPE; Eliene Amorim/CCLF; Allene Lage/UFPE; Luiz Lacerda/UFPE; Vânia Fialho/UPE; Veralúcia Almeida; Marlene Ogliar/UFRPE.

  • Responsabiliza-se pela reativação da no sentido de alimentar o intercâmbio das instituições envolvidas na temática;

  • Parabeniza a UPE pela realização do evento, ao mesmo tempo em que lamenta a ausência de representantes da Reitoria da UPE e da Faculdade de Formação de Professores de Garanhuns, considerando que esta última teve aprovação recente de um curso de especialização em educação indígena.

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